Comprei um cacto para decorar o parapeito ensolarado de uma janela. Era rijo, verde, espinhoso, tinha mau feitio e, particularidade que só ontem lhe descobri por circunstâncias que relato a seguir, era também transgénico. Fora geneticamente modificado para requerer apenas umas gotas de rega a cada dez anos, o que muito me agradou porque não me apetece andar muitas vezes de regador em punho. Digo que o meu cacto "era" tudo isto porque já não é. Não existe. Foi destruído com brutalidade. Da seguinte forma: Estava eu muito descansado no sofá a ver qualquer coisa na televisão que dispensava o uso de cinco terços do cérebro (creio que era um episódio de "CSI-Vila Velha de Ródão"), quando ouço alguém deitar-me a porta abaixo.
Sobressaltado, pus-me de pé, mudei de canal para uma prova de motocross (querendo manter em segredo o que via para poder referi-lo na internet mais tarde) e vi-me confrontado com um grupo de activistas ambientais que ali tinham vindo para destruir o meu cacto. Diziam que as vias de luta política e legal contra os ó-gê-émes (onde acho que se incluía o cacto) estavam esgotadas e que restava passar das palavras aos actos. Viram o cacto no parapeito e logo se lançaram sobre ele, bradando slogans, virando cadeiras do avesso e rasgando os cortinados, acabando por reduzi-lo a fanicos.
Usavam roupas coloridas e soltas. Fumavam brocas (e não eram Black & Decker porque as multinacionais seriam do demo se, por acaso, as concepções de Bem e de Mal baseadas na mitologia judaico-cristã não fossem também reprováveis). Muitos usavam tranças rasta. Mordiscavam sandes de seitan. Alguns tocavam djembés. Viam-se muitos piercings a reluzir em partes do corpo dispersas. Uma grande parte cheirava a chulé. Não por desleixo, mas por ilustração intelectual e seguindo exemplo milenar (como é sabido, já Buda era porco). Só consegui livrar-me deles quando lhes acenei com uma barra de sabonete, fazendo-os debandar dali para fora. E não insinuo que fossem avessos à higiene. É que o sabonete (aprendi depois de ler o rótulo) era testado em chimpanzés para garantir que não ardia nos olhos.
Sobressaltado, pus-me de pé, mudei de canal para uma prova de motocross (querendo manter em segredo o que via para poder referi-lo na internet mais tarde) e vi-me confrontado com um grupo de activistas ambientais que ali tinham vindo para destruir o meu cacto. Diziam que as vias de luta política e legal contra os ó-gê-émes (onde acho que se incluía o cacto) estavam esgotadas e que restava passar das palavras aos actos. Viram o cacto no parapeito e logo se lançaram sobre ele, bradando slogans, virando cadeiras do avesso e rasgando os cortinados, acabando por reduzi-lo a fanicos.
Usavam roupas coloridas e soltas. Fumavam brocas (e não eram Black & Decker porque as multinacionais seriam do demo se, por acaso, as concepções de Bem e de Mal baseadas na mitologia judaico-cristã não fossem também reprováveis). Muitos usavam tranças rasta. Mordiscavam sandes de seitan. Alguns tocavam djembés. Viam-se muitos piercings a reluzir em partes do corpo dispersas. Uma grande parte cheirava a chulé. Não por desleixo, mas por ilustração intelectual e seguindo exemplo milenar (como é sabido, já Buda era porco). Só consegui livrar-me deles quando lhes acenei com uma barra de sabonete, fazendo-os debandar dali para fora. E não insinuo que fossem avessos à higiene. É que o sabonete (aprendi depois de ler o rótulo) era testado em chimpanzés para garantir que não ardia nos olhos.
1 comentário:
´merda com merda se paga???
és triste
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