Passei estes anos todos alheio ao fenómeno "Gonçalo Cadilhe". Não sabia quem era, além de o ver na capa de livros de viagens de sua autoria. A ignorância durou até ao dia de hoje. No rescaldo da brilhante vitória da selecção, pus-me a saltar de canal em canal para descomprimir e encontrei na RTP 2 um capítulo de "Nos Passos de Magalhães", série documental sobre a viagem mais célebre de Fernão de Magalhães (não, ainda não é desta que alguém levou à televisão a vida desse astro do futebol que foi Jaime Magalhães). E o que descobri sobre Gonçalo Cadilhe quase me fez esquecer os remates ao poste. "Nos Passos de Magalhães" é, basicamente, um vídeo de férias daqueles que só agradam a quem os faz e os usa para atormentar amigos com visionamentos forçados. A diferença é que a realização é um pouco melhor e há uma divisão em capítulos. É também, obviamente, de execução muito mais cara. O narrador/protagonista/aventureiro/viajante é uma completa desilusão, limitando-se a declamar de memória composições da escola primária, com profundidade, qualidade estilística, correcção oratória e entoação capazes de afundar qualquer frota.
Preferia continuar sem saber quem era.
Preferia continuar sem saber quem era.
6 comentários:
O gajo da fotografia é esse tal de Cadilhe ou é o Magalhães?
É o Magalhães.
Imaginava-o com mais barba.
É um erro comum. Também há quem o imagine mais morto.
Não sei. O da fotografia não parece muito vivo...
Na televisão não muda muito.
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