Há um banco, que não vou referir pelo nome (valente mistério), que sempre me desperta sentimentos homicidas quando sou forçado a deslocar-me à "minha" agência. Hoje não foi excepção. Lá estava eu com a senha número 68, esperando pedir uma informação rápida à senhora por trás de um balcão que anunciava precisamente: "Informações". O cliente atendido aquando da minha chegada era o número 66 e tive fé de me conseguir despachar em minutos. E despachei-me realmente em minutos. Em quarenta e tal. Pus-me a pensar se haverá alguma informação que leve quarenta minutos a ser partilhada e percebi que a única explicação será o cenário seguinte:
Funcionária: - Senha 66.
Cliente: - Bom dia.
Funcionária: - Bom dia. Faça favor.
Cliente: - Olhe, eu estava em casa sem nada para fazer e, como vi um anúncio na televisão em que gente jovem, bonita e bem-disposta sugeria que uma agência do vosso banco é o melhor sítio para se estar, decidi vir até aqui.
Funcionária: - Ah. Fez muito bem. E em que posso ajudá-lo?
Cliente: - Hmm... deixe cá ver... Já sei! Faça-me um relato da história francesa desde a Idade Média até aos nossos dias. Mas não precisa de ser concisa. De certeza que as trinta e cinco pessoas atrás de mim não se importarão.
Funcionária: - Com certeza. Prefere com contextualização prévia ou sem?
Cliente: - Acho que é melhor com. Gosto sempre de estar a par dos contextos.
Funcionária: - Ora muito bem. O império romano estava prestes a implodir e os francos, bárbaros que habitavam na margem oposta do Reno e apreciavam pães de cacete e águas de cheiro, lançavam olhares de cobiça às províncias da Gália...
Funcionária: - Senha 66.
Cliente: - Bom dia.
Funcionária: - Bom dia. Faça favor.
Cliente: - Olhe, eu estava em casa sem nada para fazer e, como vi um anúncio na televisão em que gente jovem, bonita e bem-disposta sugeria que uma agência do vosso banco é o melhor sítio para se estar, decidi vir até aqui.
Funcionária: - Ah. Fez muito bem. E em que posso ajudá-lo?
Cliente: - Hmm... deixe cá ver... Já sei! Faça-me um relato da história francesa desde a Idade Média até aos nossos dias. Mas não precisa de ser concisa. De certeza que as trinta e cinco pessoas atrás de mim não se importarão.
Funcionária: - Com certeza. Prefere com contextualização prévia ou sem?
Cliente: - Acho que é melhor com. Gosto sempre de estar a par dos contextos.
Funcionária: - Ora muito bem. O império romano estava prestes a implodir e os francos, bárbaros que habitavam na margem oposta do Reno e apreciavam pães de cacete e águas de cheiro, lançavam olhares de cobiça às províncias da Gália...
5 comentários:
Hum...Em querendo pôr uma meia opaca na cabeça e entrar por uma agência dentro (mesmo com pistola de água e tudo), a gritar impropérios... count me in :p
Dividimos 50-50. Só espero não haver um bando de septuagenárias armadas até aos dentes (postiços) à nossa frente.
(E que vos atirem os cartões de utente do centro de saúde aos olhos)
São aguçados. Isso seria cruel demais.
Banco é Caixa!!! Tudo menos BPI (não me importo de difamar esta instituição bancária!)
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