29.9.08

So long, Luke.


And you definitely won't go to Hell.

26.9.08

Pero que las hay...


No fundo, é o passo que se segue depois de Bush e Cheney. Próxima paragem, queima de heréticos em praça pública.

24.9.08

Alguém está mesmo a pedir para ser pontapeado para fora do armário...

"O primeiro-ministro recusou, esta quarta-feira, uma alteração à lei para permitir o casamento entre homossexuais, em discussão no Parlamento em Outubro, afirmando que não está na agenda política nem do Governo nem do PS."

in TSF

20.9.08

Todos ao circo


Afinal, a perigosa "máfia das favelas" descoberta pelo Correio da Manhã é uma comunidade do Orkut povoada por uma horda de 17 adolescentes brasileiros, alguns dos quais têm nos seus perfis pessoais fotografias em poses de hip-hop (ou de gangster, é possível que vá dar ao mesmo). Desses 17, cerca de 7 são do sexo masculino (os outros 10 são raparigas a exibir decotes recém-adquiridos pela puberdade).

Como era necessária uma prova, a edição online do jornal publica hoje uma fotografia de um grupo de indivíduos amontoados contra uma parede coberta de inscrições onde, entre outras coisas, se lê "PCP". Nada prova que a fotografia tenha sido tirada na "Margem Sul de Lisboa" (insistência na idiotia; ver entrada anterior), mas a sigla PCP, provavelmente a inscrição mais popular nas paredes da margem sul, deverá bastar para nos deixar a todos presos pelo terror.

19.9.08

Máfia das favelas

'Primeiro Comando de Portugal (PCP). O clone do Primeiro Comando da Capital, fundado nos anos noventa por um grupo de prisioneiros de São Paulo, instalou-se na margem sul de Lisboa. É composto por jovens provenientes das favelas brasileiras, para quem a violência é um modo de vida. Têm hino no YouTube e agregam-se na internet, onde mostram alguns dos produtos do crime. Desafiam as autoridades e congregam o gosto pelas armas.'

in Correio da Manhã (sim, é leitura diária para quem aprecia humor de qualidade)

Curiosamente, fazendo uma pesquisa no mesmo YouTube onde os meliantes têm o seu hino, não se encontra qualquer vestígio. A não ser que o texto ambíguo se refira ao grupo brasileiro (esse sim com resultados abundantes). E pesquisa pelos mesmos termos ("Primeiro Comando de Portugal") no Google produz onze resultados, todos referências recentes à notícia do Correio da Manhã.

Se o grupo se "agrega na internet", não se percebe onde o fará. Talvez o faça sob outra designação mas, nesse caso, de onde veio o nome "Primeiro Comando de Portugal"? Será que se referem a outro PCP que se instalou na margem sul do Tejo (e não de Lisboa; são os rios que têm margens e não as cidades) há já muitos anos? Esse é sobejamente conhecido e, desde meados da década de 70, não consta que tenha sido problemático.

Não queria afirmar que um dos jornais portugueses mais lidos inventa notícias ou dá credibilidade a rumores fictícios postos a circular sabe-se lá por quem e com que interesses (talvez por grupos de extrema direita interessados em mostrar que a imigração é uma ameaça, aproveitando as notícias recentes de crimes violentos cometidos precisamente por brasileiros; a propósito, alguém se lembra do grupo de jovens africanos que, há uns anos, se noticiou querer declarar a independência da área metropolitana de Lisboa como estado negro?).

Ou melhor. Se calhar era isso mesmo que queria afirmar. Está feito.

18.9.08

Eu também acho que há assuntos mais urgentes do que a crise económica mundial

Mulher bate em ladrão com balde



'Isaura Afonso, 50 anos, proprietária do snack-bar Afonso, em Vila Real de Santo António, não se considera uma heroína, mas teve um acto que, na cidade, é merecedor dos maiores elogios, embora haja quem o apelide de temerário.

"Vi o meu marido em perigo, fui buscar o balde da esfregona, que estava cheio de lixívia e detergente e atirei o líquido à cara do indivíduo que lutava com o meu marido", explica Isaura Afonso, que não parou quando viu o assaltante ficar aflito dos olhos. "Dei-lhe tantas com o balde, que não teve outro remédio senão largar o meu marido e fugir do local, apontando a pistola aos poucos transeuntes que surgiram."

O cúmplice, um indivíduo igualmente jovem, branco e falando português, ao ver a comerciante dirigir-se, furiosa, na sua direcção de balde em punho, optou por tirar meia dúzia de trocos da caixa, no valor de cerca de 30 euros, e fugir igualmente. "Montou numa bicicleta que estava na rua e fugiu rapidamente", explica Isaura Afonso.'

in Correio da Manhã

17.9.08

Retalhos da vida

Passando por acaso pelo meu livro na Fnac do Chiado (ou seja, indo lá de propósito para olhar a obra exposta em adoração narcisista, enquanto não é devolvida por falta de venda), descubro que foi trasladado da secção das novidades para uma prateleira que diz "CIÊNCIAS SOCIAIS". Isto transtornou-me, a princípio, mas depois pensei melhor. A intenção era só fazer humor com a história, mas quem sou eu para contradizer os especialistas em arrumação temática de volumes?

Já encomendei um molho de cartões de visita. Dizem: "Renato Carreira, cientista social e animador de eventos" (a explicação da parte da animação de eventos fica para outro dia).

16.9.08

É preciso pagar o quê?


Algures na década de 90, quando a candidata republicana à vice-presidência americana, Sarah Palin, era mayor da cidade de Wasilla, o chefe de polícia local decidiu apresentar, com conhecimento aparente da mayor, a factura de kits usados para recolher indícios em casos de violação às próprias vítimas, com custos entre 300 e 1200 dólares. Wasilla era a única cidade no Alasca onde ocorria tal prática e foi preciso intervenção do governador do estado para a proibir.

Com quantos F(oda-se) se escreve "feminismo"?

12.9.08

Calamidade!!!

Interrupção do alinhamento do Jornal da Tarde da RTP. Notícia de última hora (!!!) dá conta da queda (QUEDA?!?! De um avião? De um edifício? Do governo?) de duas árvores no Príncipe Real, em Lisboa.

Ligação em directo ao local do sinistro. Repórter refere que uma das árvores era de grande porte e muito antiga. Entrevista residente que confirma. A árvore em questão era realmente de grande porte, porque chegava quase ao último piso do edifício em que habita, e muito antiga, porque ali mora há trinta anos e a árvore sempre lá estivera.

Um subcomissário da Polícia Municipal, força da ordem que interrompeu as suas funções habituais de reboque de viaturas e de guarda a tampas de esgoto abertas para atender à catástrofe, prontifica-se a explicar qual o procedimento policial a seguir, mesmo que o ruído de motosserra que se ouve em fundo o deixe adivinhar.

Desenvolvimento em actualizações noticiosas posteriores.

9.9.08

A batata será o único tubérculo que se presta ao fabrico da fécula?

Há dias em que não apetece fazer nada. E, depois, também há meses e anos.
 
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