30.6.07

Bravos homens do apito

Sou pela profissionalização dos árbitros. Mas acho que, durante os primeiros anos, deviam ser pagos em relógios de ouro, máquinas fotográficas e putas para a transição não ser tão brusca.

29.6.07

Futebol pelos cabelos


Qual Paulo Bento, qual quê! Ainda o treinador do Sporting se andava a habituar ao risco ao meio e já o futebol internacional era fértil em aberrações e peculiaridades capilares. É chegada a altura de as lembrarmos. Comecemos por este senhor colombiano, provável inspiração do penteado mais célebre do nosso Fernando Couto e um dos jogadores mais mediáticos da década de 90. O mediatismo devia-se também ao que fazia dentro do campo e não apenas ao cabelo.
Em 1995, durante jogo particular entre as selecções da Colômbia e da Tailândia, o jogador tailandês encarregue de marcar Valderrama desapareceu repentinamente. Pensou-se que teria sido rapto. Dois anos depois, foi descoberto num contentor de lixo nas traseiras do cabeleireiro mais conceituado de Bogotá. Cada qual tire daí as conclusões que entender.

28.6.07

Tolerância religiosa


Orgazmo, de Trey Parker, 1997

27.6.07

Trabalho sim, sim, ó sim!

Algo estará muito mal num país em que, só agora, se propõe que a legislação laboral possibilite o despedimento de um trabalhador por incompetência. Ou seja, quando determinado trabalhador é incapaz de desempenhar as funções que lhe foram confiadas, continuará a fingir desempenhá-las como se nada se passasse. No fundo, isso explica muita coisa.

Fora de jogo


É difícil fazer jornalismo desportivo quando todas as competições estão paradas. Na maior parte dos dias, lá se vão arranjando transferências de jogadores para a primeira página (sejam elas reais ou completamente fictícias). Noutros dias, nem isso há.

É o Record, mas podia, perfeitamente, ser a Caras. Pede-se a compreensão do estimado público.

26.6.07

O verdadeiro motivo do afastamento de Mega Ferreira

*ribitt*


O país inteiro deve agradecimentos a um fornecedor de acesso à internet pelos anúncios televisivos com o slogan: "Queres passar o Verão a curtir com o sapo?"
Ainda não havia perversões sexuais suficientes nos media. Obrigado por nos fazerem pensar também na zoofilia anfíbia.

24.6.07

My motherland é a língua portuguesa

"Izmailov já sabe dizer 'Bom dia, obrigado e Sporting' em português."

in Record

23.6.07

Mistérios da Humanidade


Até determinada época, não havia em Portugal quem soubesse o que era salame de chocolate (chamemos a esse período "Era A.S.C. -Antes do Salame de chocolate"). Depois, algo aconteceu, e passou a estar por todo o lado, tornando-se mesmo numa das confecções pasteleiras de fabrico mais difundido, tanto de forma profissional como amadora (Era D.S.C.). Alguém sabe porquê? De onde veio? Quem o trouxe? E para que fins sinistros?

Did you hear about this one?


Outro excelente exemplo de comédia "cubista" (ver o Tom Green ali mais abaixo) foi Andy Kaufman, ainda que usasse uma técnica muito diferente e bastante mais subtil. Em vez do absurdo construído pela histeria ou pela aparente imbecilidade de Green, Kaufman venerava o desconcerto, mesmo que tivesse de abdicar da comicidade directa (como sucedia frequentemente). E valia tudo, desde punir públicos alvoroçados com leituras integrais de "O Grande Gatsby", à interrupção de um espectáculo no Carnegie Hall para levar os 1500 presentes a comer biscoitos em autocarros alugados para o efeito, convidando-os a estar no ferryboat para Staten Island no dia seguinte, onde continuaria o número.

E, claro, era um entusiasta da luta-livre (apenas lutava contra mulheres, apesar do desentendimento encenado com o lutador Jerry Lawler). Mas isso já parece perfeitamente razoável.

22.6.07

O que é que eu faço com isto?

Ainda me lembro de Manuel Luís Goucha ter bigode e não ser ridículo. Às vezes, sinto-me um dinossauro.

21.6.07

Ego, Claudius!


Sempre quis ter uma fotografia minha num cenário requintado, com roupa de marca, barba de 5 dias, expressão dura e máscula (um misto de Clint Eastwood com Elton John) e as cuecas a ver-se. Infelizmente, não nasci com o dom da fotogenia. Outros nasceram.

Ele, Cláudio! (you, Jane?)

20.6.07

A actualidade numa frase


Assassino de Santa Comba aponta campo de golfe da Portucale como localização ideal para construção de novo aeroporto, secundado por Joe Berardo, que garante não querer a totalidade do capital do novo tratado europeu e vai distribuindo fuck you's a Rui Costa, entretanto convidado para integrar o governo palestiniano depois de desmantelar uma rede de pedofilia internacional.

Rubrica patrocinada pela Associação Portuguesa de Cidadãos Contrários à Leitura

19.6.07

Então, Joe?


Alguém que diz "só querer ajudar um clube" (pelo menos, parece que é isso que diz naquela língua estranha que fala) e que, logo a seguir, acrescenta coisas como:

"A equipa não é fraca. É um lar de terceira idade. O Rui Costa diz que gosta muito do Benfica. Então porque é que não jogou lá quando tinha 25 anos?" in Record

só pode estar a brincar. Ou então é parvo. Ou as duas coisas ao mesmo tempo (viva a versatilidade). Seja como for, o Joe que meta a "ajuda" no... bom... no fundo do investimento.

18.6.07

DING! DONG!

Mais do mesmo. Uma cena cortada do suposto "pior filme alguma vez saído de um estúdio de Hollywood."

My bum is all alone

Há quem ache que Tom Green é um génio. Também há quem o ache um parvo e o seu filme "Freddie Got Fingered" foi considerado por hordas de críticos cinematográficos americanos como o "pior alguma vez saído de um estúdio de Hollywood". Da primeira vez que o vi no "Tom Green Show", estava deitado no chão a espremer leite das tetas de uma vaca (ele, eu não), olhando a câmara e fazendo caretas devassas que pareciam saídas de um filme pornográfico. Quando finalmente consegui fechar a boca, depois de alguns minutos de dormência mental, percebi que, muito provavelmente, tinha encontrado o maior humorista do planeta. "Mas isso tem alguma piada?" pergunta a Tia Genoveva, da cozinha, com as mãos enterradas no cu de um frango. Talvez não tenha. Mas é assim tão importante? Se Picasso conseguiu a reputação que hoje tem, desenhando como uma criança de 4 anos (quando fazia retratos bonitinhos, ninguém lhe ligava um chavo), o que impede Tom de aspirar à genialidade com pérolas como a canção "Lonely Swedish"?



Para os mais arrojados, fica também o site oficial onde podem assistir (se se portarem bem) ao "Tom Green Live." Tomgreen.com

17.6.07

Tally-ho!

Antes de House e antes mesmo de Blackadder, Hugh Laurie fez isto, acompanhado pelo inevitável Stephen Fry. E fê-lo tão bem. Jeeves and Wooster resulta da adaptação dos livros de P.G. Wodehouse e deve servir-se com uma salada ou com um arrozinho simples.

15.6.07

Take it easy, Joe


Há qualquer coisa em Joe Berardo que me incomoda e não é a fortuna imensa nem o sucesso nos negócios. Há outros milionários portugueses igualmente bem-sucedidos (existirão milionários mal-sucedidos?) aos quais sou indiferente. Pelo menos, até decidirem atribuir-me uma avença para simpatizar com eles e louvar-lhes as qualidades.

Mas, no Joe, há alguma coisa que não bate certo. Talvez comece pela ânsia em ser um "vulto das artes" à força, comprando tudo e mais alguma coisa, compondo colecções e instalando-as em museus para apreciação popular. Calouste Gulbenkian, outro milionário que não me faz qualquer espécie, fez mais ou menos o mesmo. A diferença é que o arménio coleccionou arte por gosto, ao longo da vida, e doou-a a um museu com o seu nome quando deixou de a poder apreciar (ou seja, quando morreu). Berardo construiu a sua colecção com tamanha rapidez e de forma tão ávida que pareceu forçado. E não me convencem de que aprecia realmente esculturas em ferro forjado que parecem andaimes esmagados. Aposto que dá mais valor a um cãozinho de louça ou a um bonito menino da lágrima.

Talvez seja esta atitude de "eu posso comprar a maneira como sou visto pela sociedade" que me perturba. Agora, volta ao mesmo com a OPA sobre a SAD do Benfica. Se já conseguiu ser visto como patrono das artes e, por acréscimo, como pessoa instruída e de gosto refinado, que melhor maneira haverá de conquistar a afeição popular do que apropriar-se de parte de uma instituição com tantos seguidores devotos? O Santuário de Fátima não estará também disposto a negociar?

14.6.07

Hã?


Esqueçam-se as pirâmides, as colheitas em círculo e a Ilha da Páscoa. Descubra-se o que queria John Lennon dizer com:

No one, I think, is in my tree
I mean, it must be high or low
That is, you can't, you know, tune in, but it's alright
That is, I think its not too bad

Let me take you down, cause I'm going to
Strawberry fields
Nothing is real
And nothing to get hung about
Strawberry fields forever

Always no sometimes think it's me,
But you know I know when it's a dream.
I think I know I mean, er, "Yes," but it's all wrong.
That is I think I disagree

E ter-se-á desvendado o maior enigma da humanidade.

Cinzento


"Edgar está muito perto de assinar pelo FC Porto depois de ter tudo acordado com o Benfica. Nas últimas horas os portistas entraram na corrida pelo jogador e aproveitaram o facto dos encarnados ainda não terem colocado o preto no branco e só o tencionarem fazer no início do próximo mês."

in Record

O preto no branco. Pois... O pior é se, depois desta avidez toda, as coisas acabarem com "o preto no banco".

12.6.07

O triunfo de qualquer coisa

É frequente os canais de televisão trasformarem em peças com valor "jornalístico" a atribuição de prémios a reportagens por si produzidas. Outros meios de comunicação fazem o mesmo, sem que isso choque grandemente o público.

Desta vez, foi a SIC a noticiar a distinção da reportagem "O Triunfo da Vontade", sobre vítimas de paralisia cerebral que tentam ultrapassar as suas dificuldades quotidianas, com o prémio Família na Comunicação Social instituído pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social.

Nada a dizer. Apenas que os autores da reportagem mereciam distinção também pelo título que escolheram. Não foram os primeiros a adoptar o título de um filme, piscando o olho ao imaginário mediático comum, mas não podiam ter feito escolha mais adequada e sugestiva.

Merece louvor especial a opção pelo título de um filme célebre (não chega a ser um documentário, é mais uma espécie de "concert movie"), realizado por Leni Riefenstahl em 1935, com uma temática que encaixa na perfeição em qualquer relato comovente de pessoas inferiorizadas por deficiência física ou mental.

Aos jornalistas responsáveis, Daniel Cruzeiro, Franco Santos e Rui Rocha, o meu muito sincero "Sieg Heil".


PS-Seria muito fácil responder-se a isto com: "Não, não! Foi intencional. Isto é ironia da fina, meus amigos!" Nesse caso, deixaria de ser uma simples trapalhada e passaria a ser maldade.

11.6.07

Prefácio


Há pouco tempo, consultei um psicólogo por achar que estava muito doente. "Doutor", disse-lhe, "tenho blogs a mais. Sinto-me disperso e perdido." O bom doutor reflectiu, consultou bibliografia de referência e transmitiu-me com bonomia o seu diagnóstico. "Homem," disse-me, "o seu problema é de fácil solução, ao contrário daquele mais embaraçoso e potencialmente ilegal que cá o trouxe no mês passado. Se acha que tem blogs a mais, abandone alguns e crie outro onde se misturem as características dos extintos."

E foi o que fiz. Um blog de salvação nacional. Ou de salvação pessoal. Digo-vos isto apenas porque queria que a coisa ficasse clara e fosse percebida por todos.

Todos perceberam, não é? Óptimo.

Alguém se opõe? Ninguém? Perfeito.

Não há como começar com um simulacro de consenso.
 
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